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6 pontos do Dado da Arte da Resolução de Conflitos (DARCo) (Mediação de conflitos)

Se existe um único segredo do sucesso, ele está na capacidade de ver as coisas do ponto de vista da outra pessoa.

Henry Ford

Por vezes (e por razões muitas vezes internas à nossa pessoa), confrontarmo-nos com a diferença do outro, não é propriamente uma tarefa fácil e é aqui que reside a nossa capacidade de aceitação do diferente (minha e do outro) contrariando o nosso egoísmo e umbiguismo, adotando uma outra capacidade (muito pouco valorizada e exercitada) que é a de tomar perspectiva sobre o conflito, isto é, procurar novas chaves de leitura sobre o que me está a bloquear o diálogo e relação com o outro (que tem uma percepção da realidade diferente da minha).

A função do DARCo, é que as partes em conflito se sintam desafiadas a encontrarem soluções, que resultem de um diálogo construtivo, assertivo, empático, de aceitação das diferenças. 

Antes de iniciarem este diálogo, o DARCo deve ser lançado e a face que sair, deve ser interiorizada por cada uma das partes e adotada durante a sessão de mediação e processo de diálogo subjacente. 

Ao fazerem isso, estarão a assegurar-se mutuamente que cada um irá procurar estar na mesma "largura de banda", evitando assim comportamentos que contribuem para a escalada de conflito, nomeadamente: medo, desconfiança, vergonha, preconceito, julgamento ou frustação. 

O DARCo, pretende proporcionar um ambiente seguro, inteligente, generativo, verdadeiro, honesto, onde percepções e espectativas são tidas em conta em todo o processo. 

O Dado da Arte de Resolução de conflitos (DARCo), ou antes, as 6 estratégias de encontro de soluções, pretende (de forma lúdica) ser um facilitador de diálogo, desafiando as partes a irem para além do conflito (enquanto parte integrante de todos os relacionamentos). 

1. Cuidar do nós, para além da diferença;

2. Escutar (ativamente e bem a fundo) as ideias do outro;

3. Ver no outro, um parceiro no encontro de soluções;

4. Colocar as lentes do outro;

5. Aceitar a minha vulnerabilidade e a vulnerabilidade do outro;

6. Fazer a minha parte, o melhor que sei.

A verdade é o ponto de vista de cada um.

Nietzsche